terça-feira, 16 de outubro de 2007

Wal-Mart continua forte, mas perde influência sobre o varejo

Por Gary McWilliams, The Wall Street Journal, publicado no caderno Empresas do jornal Valor de 03/10/2007.

A Era Wal-Mart marcou a cena do varejo americano por anos e anos. Liderada por Sam Walton, a rede combinava preços baixos e incansável expansão, influenciando seus clientes e fornecedores. Eles aperfeiçoaram o “value loop”: preços baixos geram altas saudáveis de vendas e lucros. Parte deste lucro é revertido em mais redução de preços, que por sua vez gera mais vendas. Quanto mais baixo o preço, maior a massa de consumidores que vai para o Wal-Mart.


Porém nos últimos anos o que se percebe é que o gigante está perdendo poder.
Os consumidores passaram a preferir a conveniência e a qualidade dos serviços dos concorrentes mais ágeis à guerra de preços da qual participa o Wal-Mart, mesmo porque a diferença de preço que é oferecida tem diminuído.

Por outro lado, marcas famosas que desde o início uniram-se à rede em sua ascensão, hoje firmam acordos com concorrentes. A Pepsi Co., por exemplo, não incluiu o Wal-Mart no lançamento de uma bebida energética da marca. A rede também têm sido menos responsável pela receita da Procter & Gamble no mundo – se em 2003 era 18%, hoje são 15%.

Sua adaptação em países diferentes também não têm tido tanto êxito quanto no passado. As operações na Alemanha e na Coréia do Sul cessaram no ano passado e no Japão também não parecem estar indo muito bem.

Sim, Wal-Mart continua sendo a maior rede de varejo do mundo. Vende quase três vezes mais que o Carrefour no mundo. Contudo, o valor de suas ações teve baixa de 8% nos últimos doze meses.

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